quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Dia Champs

Hola cabrones! Como están todos? Bien? Acá tudo bien.

Hoje foi dia de acordar cedo, pegar o carro e rumar a Rosário. Estrada complicada, sem qualquer montanha ou curva. Imaginem o que é agüentar 3 horas de reta. Dá até pra tirar um cochilo, basta botar despertador para o tempo certo.

Acontece que nosso carro é alugado e não é lá um Brastemp, fato que nos obrigou (menos o Palmito) a ficar acordados por toda a viagem. Assim que passamos do último pedágio (sim, eles também existem aqui, mas me menor quantidade e menor preço) um policial nos parou. Até rolou um friozinho na barriga, mas o “Seo Gualda” foi tão simpático que até nos ajudou e deu as orientações de como chegar nos estádios.

Entrando em Rosário seguimos reto e percebemos que a cidade é, de início, um meio termo entre Buenos Aires e La Plata. Existem lugares bonitos e também lugares feios. É mais organizada que a capital, mas menos que La Plata. Chegamos no Parque Independencia, que é onde se encontra o campo do Newwell’s Old Boys.

Tudo muito lindo, e chegando no estádio deu pra ver está bem conservado e que também é bastante imponente. Achamos a entrada e fomos conversar com o guardinha com a mesma esperança dos dias anteriores. Eis que tivemos um digna recepção da turma do Leonel. O guardinha se limitou a dizer que não poderíamos visitar o estádio, que não havia ninguém com quem poderíamos conversar e que não havia qualquer lojinha ou sede social. Assim, seco, sem nem dar um beijinho... magoamos....

Saímos putos do Colosso Del Parque e tratamos de achar o estádio do Rosário Central, o famoso Gigante de Arroyto. O estádio fica na beira do rio Paraná e é bastante imponente visto de fora. Ao tentarmos entrar, mais uma decepção: o time estava treinando lá e nada de podermos entrar. Nos disseram que só seria possível visitar o estádio amanhã as 14:30!!

PQP!!! Que times Champs!!! Ninguém merece! Decidimos encontrar o albergue daqui (semi Champs, por sinal) e depois tentar achar a sede social do Rosário Central e tentar convencer alguém a nos deixar visitar o estádio ainda hoje. Albergue encontrado, amizades feitas com o pessoal daqui (todos fanáticos pelo Rosário e gente fina, apesar de serem da turma do Bob Marley), seguimos para a sede do Rosário.

Lá o pessoal foi beeeeeeeeem bacana, nos trataram super bem (para se ter uma idéia, uma funcionária gatchéééénha nos levou até a lojinha, que ficava a 4 quadras da sede) e conseguiram uma permissão para que visitássemos o estádio. Aproveitamos para gravar uns vídeos e começou aí uma seqüência interminável de erros de gravação. Foi até meio chato, porque enquanto a gente rachava o bico, o povo legal do Rosário ficava sem saber o que fazer.

Permissão na mão, seguimos ao estádio. Impagável a cara dos seguranças quando, após duvidarem da permissão, ligaram para o povo do comando e tomaram “pito” tendo que nos deixar entrar. Ainda assim, nos fizeram esperar por um tempão (tempo suficiente para mais erros de filmagem) e só entramos junto com uma molecada de um clube que havia agendado visita. Ainda tentaram tirar 4 pesos de cada um, o que foi prontamente negado.

Já dentro do estádio, deu pra perceber porque o Maradona escolheu o Gigante de Arroyto para o jogo contra o Brasil. É bastante grande e bem mais caldeirão do que o Monumental de Neñez. Ainda assim, o Cilindro de Avellaneda (Racing) é mais caldeirão ainda. Sorte do Brasil que de nada adiantou e enfiamos 3 a 1 neles. Aliás, desconfiamos que parte da dificuldade que nos impuseram se deve ao fato de o estádio ser o local desse último jogo. Acontece, nos vemos em 2014.

Voltamos para o albergue e batemos um animado papo com o pessoal daqui, todos muito fanáticos por futebol. Foi uma conversa bastante legal, onde conhecemos mais sobre o futebol argentino e pudemos falar mais do Bugre. Acho que já somos o time brasileiro com mais hinchada na Argentina.

Depois disso, seguimos para um pub irlandês para encher a cara e gastar os parcos pesos que nos restavam. Amanhã é acordar, ir ao banco, e tocar de volta para Buenos Aires.

Hasta luego muchachos.

Momento Champs do dia: Guarda do campo do Newelle’s e suas “revelações”.

Momento Champs do dia II: Carro absolutamente desalinhado na estrada.

Momento Champs do dia III: Guardinhas do campo do Rosário tentando nos barrar.

Momento Capitão Nascimento: Direção do Rosário Central dando “pito” nos guardinhas e ordenando nossa entrada sem pagar.

Troféu Champs do dia: Galli, que simplesmente ignorou a presença de ma carreta no sentido contrário ao sair do posto de gaoslina! Dá zero pra ele!!

Troféu Baywatch: Palmito, que avistou o caminhão e avisou El Gallina

Supresa do dia: Empanadas de carne do posto.

Surpresa do dia II: Pub Irlandês de Rosário.

Troféu Chupa Parmita: Garçonete do Pub (Jamille) e moças da mesa do lado que receberam 7 flores de papel “enviadas pelo Palmito”.







O ALBERGUE (Milhouse)







terça-feira, 29 de setembro de 2009

PEGA LADRÓN! VIVA BUGRÓN!

Hola a todos. Saludos Bugrinos desde logo! Saludos de la primeira división! Hoje o dia começou bem cedo, afinal de contas, ontem não tivemos a chance de visitar o estádio do Racing e deixamos para hoje cedo.

Café tomado, lá foram Galli e Emídio buscar o carro no estacionamento e, todos prontos, restou esperar a noiva do Palmito se arrumar para sairmos com destino a Avellaneda. Chegando no campo do Racing, tivemos que esperar até as 10 para que um tiozinho nos deixasse entrar no estádio. Até então, tome frio e vento gelado na parte de fora. Detalhe para o cãozinho insuportável que era o “dono” do estádio e não parou de latir um segundo sequer.

Quando entramos no Cilindro de Avellaneda pudemos ver que estádio é ao mesmo tempo monumental e um caldeirão. Sinceramente, dá um pau no Monumental de Nuñez, tanto na beleza, quanto na velharia e na argentinidade. Legítima cancha hermana. No domingo, houve o dérbi contra o Independiente e ainda havia muito, mas muito papel do “papellazo” feito pela torcida do Racing.

Saímos do estádio e fomos bater um animado e revelador papo com o administrador do estádio. Percebemos que há mais em comum entre Racing e Guarani do que apenas o Loscri. Isso tudo vocês verão futuramente em vídeo.

Saindo do campo, tome emoção com o Galli no volante (e os argentinos Rambos no trânsito) até chegarmos à sede do Racing para sessão de compras. Mais uma atendente simpática e bonitona e rumamos para La Plata.

Estradinha vicinal absurdamente Champs. Ao menos na primeira parte. Só cruzando regiões pobres, com trânsito caótico, cheia de buracos, semáforos e lombadas. Mas deu pra rir um monte com algumas peças raras no caminho. Impressionante como toda criança argentina humilde parece o Riquelme ranhento.

O segundo trecho da estrada compensou o primeiro com sobras. Estrada boa, vazia e região lindíssima. Campos verdes cheios de árvores e cidadezinhas charmosas. Finalmente chegamos a La Plata. Cidade belíssima, muito organizada, planejada e, aparentemente, bastante rica. Fomos direto ao estádio do Gimnasia Y Esgrima La Plata. O estádio, “El Estádio Bel Bosque” fica dentro de um parque bonito pra caramba também.

Mas antes que pensem que entramos em um momento gay avisamos: estamos aqui é para ver campos e futebol, nada mais! Pois dentro do campo, antiqüíssimo, encontramos um tiozinho antiqüíssimo também que até se emocionou contando a história do Gimnasia e paixão de sua torcida. Aliás, para quem tem tempo, vale a pena conferir o clipe do filme “La Passion” que o Gimnasia vai lançar em novembro. Está no site oficial do clube.

Papo bom demais, mas o tio falava demais e nosso tempo era corrido. Despistamos ele e seguimos para a sede do Estudiantes. Detalhe: o gimnasia não tem loja (e tem o símbolo mais legal de todos os clubes) e o Estudiantes não tem campo já que o seu está em fase incial de reforma/construção.

Sede em local espetacular, mas com lojinha beeeeem Champs. Antes disso, rango divertidíssimo em uma padoca, com presenças ilustres de Ivo Holanda e Ruth Honsen. Da sede seguimos para o Estádio Ciudad de La Plata, que é o estádio municipal onde o Estudiantes anda mandando seus jogos, inclusive onde foi a final da Libertadores deste ano contra o Cruzeiro que terminou em 0 x 0.

Chegamos no estádio, que parece uma nave espacial visto por fora, encontramos a porta aberta e fomos entrando, como em todos os outros. Mas esse tinha um ar estranho, algo de filme de terror no ar. O elevador parecia elevador de carregar defunto. Mas beleza, a gente é “machão”e seguimos firmes. Chegamos na arquibancada e o estádio é bem bonito visto de dentro. Um dos maiores que vimos aqui (deve ser menor somente que o Monumental de Nuñez, talvez que o Cilindro de Avellaneda) e com certeza o mais novo e bem conservado. O gramado está em reforma e descemos um pouco a arquibancada para tirar mais fotos... eis que o gurdinha nos vê e sai correndo em nossa direção gritando pra gente sair! Tensão no ar!!!

Fomos saindo de leve, tranquilamente, nos explicamos para um tiozinho de terno e quando entramos de novo no cenário de filme de terror chegaram dois guardinhas com toda a educação de policial brasileiro. Nos mandaram apagar todas as fotos e vídeos senão nos tomavam as máquinas. Apagamos somente as fotos e demos um migué dos grandes no vídeo que continua conosco. Obviamente colocaremos no youtube e faremos de tudo para ferrar os guardinhas champs.

Bom, estava na hora de sairmos de La Plata. Voltamos pela autopista (ótima, com limite de 130km/h) e paramos em Quilmes, para conhecer o time de mesmo nome, chamado de “El Cervecero”. Vale dizer que o Quilmes é bem tradicional, mas está na Série B e tem um único título nacional, em 1978. Alguma semelhança? Campo bem legal, modesto mas bem cuidado. Fotos aqui, acolá e simbora para a sede do clube fazer compras. Como a moça da lojinha demorou a chegar, fomos tomar umas Quilmes em Quilmes na sede do Quilmes para matar nossa sede! Sede saciada, compras feitas, fotos tiradas e volvemos a Buenos Aires.

E dá-lhe computador ligado no albergue para ver o jogo do Bugre pela internet. Gritamos gol igual malucos e os gringos nos olhando com cara de paisagem. Nos lances de desespero, o nosso era maior ainda porque a internet travou. Então nem vimos o pênalti desperdiçado pelo S. Caetano nem o gol dos hómi. O que significa que para nós foi 2 x 0 pro Bugrão com tranqüilidade e saldo bom! Rumbo a La série A!!!

Boa noite a todos que amanhã é dia longo de estrada até Rosário. Hasta...

Momento Champs do dia: Primeira metade da estradinha para La Plata

Momento Champs do dia II: Falta de lojinha do Gimnasia e de estádio do Estudiantes.

Troféu Champs do dia: Gui, que conseguiu prender seu cachecol embaixo da roda do carro! Dá zero pra ele!!

Supresa do dia: Beleza de La Plata e adjacências.

Surpresa do dia dois: Clubes com histórias de sofrimento e crescimento de torcida tal qual o Bugre

Troféu Márcio Alemão: Homem mais forte do mundo segurando só com as unhas um bloco de milhões de toneladas em cima de uma caminhonete champs.

Troféu Te Amo Brasiiiiiiiiiiiilllll: Moça da loja do Quilmes que estava escutando Victor & Léo e tinha foto do Gianechinni (é assim que escreve?) na parede.



















segunda-feira, 28 de setembro de 2009

BAMO BANFIELD!!

Bamo Banfield!

Segundo dia! Dormimos bem pra caramba, o albergue é sensacional e liga o ar condicionado de noite para que a gente possa dormir mais quentinho. Hoje o dia não foi tão frio e foi bastante proveitoso.
Tomamos um excelente café da manhã no albergue (destaque para o pãozinho) e fomos buscar nosso carro. Alugamos um Siena, mas ganhamos um Corsa Sedan todo cheio de arranhões. Sem problemas, o importante é nos levar com conforto.
La Gallina assumiu a direção e rumamos direto pra Avellaneda. Depois de nos perdermos um pouco e constatarmos na prática que todo argentino é maluco e rambo na direção, achamos os estádios de Independiente e Racing. Os dois estádios ficam no mesmo quarteirão e são bem grandes. O do Independiente está em obras e não deu, nem dará para ver nada. O do Racing (Juan Manuel Perón – El Cilindro) é gigantesco e velhão e não deu pra visitar hoje porque o povo estava de ressaca por ter perdido o dérbi ontem para o Independiente em casa por 2 x 1. Voltaremos amanhã cedo para lá antes da ida a La Plata.
Não ficamos satisfeitos em não ver o estádio do Independiente (Libertadores de América) e fomos até a sede do clube tentar uma autorização para visitar o estádio mesmo em obras. Não conseguimos, mas vimos uma lojinha espetacular e fomos recebinos da sede pela funcionária Natália, uma simpatia que nos contou muitas coisas e nos mostrou a sala de troféus (de fazer inveja em qualquer time brasileiro) e a sala da presidência.
Saímos de lá e rumamos para Sanradí, conhecer o campo do Arsenal. Mais uma vez nos perdemos e acabamos encontrando o estádio depois de um certo tempo. Aliás, estádio é bondade. É algo semelhante a Fazendinha dos gambás. Mas extremamente charmoso. Detalhe para a sala de imprensa com os blocos de concreto a mostra. Coisa beeeeeeeem de bairro mesmo. Mas muito legal. Todos nos receberam muito bem e até conseguimos uma entrevista com o simpatissíssimo Gabriel. Mais uma lojinha (bem legal – chupa champs!)e rumamos para Lanús.
Antes paramos num shopping meia boca em Avellaneda, almoçamos mais churrasco, compramos água para trazer ao albergue e rumamos a Lanús. Após nos perdermos novamente (ninguém sabe dar direção, o Galli não sabe dirigir e as ruas são todas idênticas), chegamos no estádio. No caminho até fizemos amizade com dois pedreiros simpáticos (um torcedor do Lanus e outro do Huracán). Não pudemos entrar e não insistimos, vez que voltaremos para o jogo Lanus x LDU pela sulamericana na quinta. Fomos achar a sede do clube no centro da cidade.
Sede encontrada, compras feitas na lojinha, até queríamos ficar mais de tão gata que era uma das atendentes. Mas o Palmito nos convenceu que tínhamos que continuar a rota. Seguimos para Lomas de Zomorra para conhecer o campo do Banfield, o único verde e branco da primeira divisão. Obiamente nos perdemos um pouco.
O estádio é o mais bonito de todos por fora, muito bem conservado e numa região bem legalzinha da cidade. Achamos um portãozinho aberto e nos enfiamos para dentro (um cachorro, o bugrinho, veio junto). Campo espetacular. Gramado impecável e arquibancadas no estilão La Bombonera. Íngremes de uma maneira que chega a ser absurda. Deu pra entrar no gramado e sentar no banco de reservas. Achamos um funcionário e fomos até a sede social para achar a lojinha.
Eis a melhor surpresa de todos. Já na porta o funcionário (Fabian – que apelidamos de Fabinho) nos perguntou de onde éramos. Ficou feliz ao saber que somos do Brasil e de um time verde e branco. Nos mostrou tudo, mas tudo mesmo. Tirou todas nossas dúvidas e nos deixou na lojinha do clube. Lojinha também espetacular, onde o Carlos, um cara gente finíssima, nos recebeu, vendeu brindes e contou algumas histórias. Sessão de fotos e até ganhamos adesivos. Ficamos tão felizes que até tomamos uma Quilmes no clube.
Na saída, o Fabinho nos surpreende e diz que na quinta a diretoria que nos conhecer. Vamos levar camisetas del Bugrón para presentear nosso amigos. Na despedida, o Fabinho ainda grita: Bamo Banfield, Bamo GUARANI! Ganhamos o dia.
Na volta, todos mortos, ainda tivemos que agüentar um protesto dos argentinos a duas quadras do albergue, só pra atrasar nossa chegada. Achamos um estacionamento, deixamos o carro lá e fomos jantar num chinês porcão.
De volta ao albergue, dormiremos já.
Boa noite.


P.S.: Encontramos a mãe do Julian no aeroporto mesmo!!! Aliás, ela nos encontrou! Mas tem acontecido tanta coisa, narramos só alguma aqui. Com calam colocamos tudo em dia.

Momento champs do dia: Trânsito na volta devido ao protesto dos argentinos marrentos.
Supresa do dia: Pãozinho sucesso do café da manhã.
Surpresa do dia dois: Banfield, com seu estádio e seus funcionários.
Troféu Champs: Dentistas e cabeleireiros argentinos.
Troféu Nei Paraíba: Tiozinho no posto de gasolina de Lanús numa motoca de 3 rodas e mostrando a língua.
Troféu Chupa Palmita: Calça das frentistas do posto de Lanus.

Ftoso de hoje