Hola chicos e chicas. Hoje foi dia de acordar cedo para comprar rumar a La Boca e tentar ingressos para o jogo. Sem muitos problemas, chegamos ao estádio, enfrentamos uma fila normal e conseguimos ingressos por 30 pesos. Beeeeem mais em conta do que o pacote oferecido pelo albergue de 220 pesos.
Aproveitamos que estávamos pelo bairro e com toda a programação cumprida para visitarmos o tal do Caminito, que é bem Champs. Cheio de tiozinho querendo vender algo, cheio de moleque pedindo na rua e com umas casas feitas de telhado de fábrica. Nada demais, nada de menos também. De válido mesmo restou uma foto em homenagem ao Flávio Carnielli com os dizeres de uma pichação que segue abaixo.
Almoçamos no hooters só para ver as atendentes gostosonas e aproveitamos para ver a partida entre o Gimnasia e Chacarita pela TV. Até onde vimos, foi 1 x 0 pro Gimnasia.
Voltamos para o albergue em tempo de nos trocarmos e irmos para o jogo entre Boca X Velez. Antes disso deixamos o indiozinho do Bugre na recepção e quando voltamos ele estava lá firme e forte! Com uma vitória o Velez assumiria a liderança. Chegamos e fomos logo entrando e já deu pra perceber que o Boca é povão mesmo. Cheio de riquelmes remelentos pela rua e nas arquibancadas. Muita gente com cara de quem vai te assaltar.
Campo cheio, tomado, o povo acabou se separando. Gui e Emídio ficaram na parte coberta da arquibancada e Galli e Palmito foram pra descoberta. Acontece que a arquibancada que compramos era bem embaixo da torcida do Velez, o que fazia de todos, especialmente Galli e Palmito, alvo fácil para cusparadas e mijadas vindas do povo de Sarsfield. Um corinthiano que assistia o jogo ao lado dos dois pirulões acabou sendo acertado em cheio pro um jato de urina! Mas não pensem que o Emídio e o Gui ficaram livres disso. Também levaram as suas do povo do Velez.
O jogo foi muito legal. Começou um a zero para o Velez e parecia que seria fácil, apesar das presenças em campo de Riquelme e Palermo pelo Boca e de Sebá (aquele) pelo Velez. Mas em um escanteio o Sebá do Boca (o Bataglia) empatou e assim terminou a primeira etapa apesar de ficar latente que o Velez é muito mais time.
Começo de segunda etapa e o Velez mete 2 a 1. E o jogo caminhava para isso, com contra-ataques perigosos do Velez, quando brilharam as estrelas do Boca. Primeiro, o Riquelme me acerta um chute daqueles mágicos e empata tudo. Pouco tempo depois, num chutão errado do goleiro do Velez a bola bate na cabeça do Palermo e entra. Festa geral nas arquibancadas tomadas de La Bombonera. Explodia o caldeirão.
La Bombonera é realmente impressionante. É disparado o mais organizado de todos os estádios. Tudo é muito profissional, bem organizado e cronometrado. Ainda assim, consegue-se achar espaço para a imensa paixão que move os Xeneizes. É uma mistura muito legal, que permite que se seja ao mesmo tempo uma atração turística, com momentos NBA, e algo bastante marcante da cultura da população pobre de Buenos Aires.
Saindo do jogo, tome caminhada até achar um taxi. Quando conseguimos, rumamos para o Porto Madero para comemorar a viagem no Siga La Vaca novamente. Pança mais do que cheia, restou esperar o Palmito tirar fotinhos na 3M argentina para puxar o saco dos chefes. Coisinha ridícula. Todos voltaram falecidos ao hotel e capotaram.
Mañana es dia de volver a la casita.
Momento Champs do dia: Tomar calote do gringo que nos pediu para comprar sua entrada para o jogo.
Troféu Champs: Caminito, com povo só querendo explorar os turistas.
Troféu Champs II: Para os gringos tontos que pagaram 220 pesos para ver o jogo no mesmo lugar em que a gente pagou 30. Chupa gringaiada!
Momento LOL: Achar uma pichação escrita “Te Amo Leonel” em La Boca.
Momento “Te amo chefinho”: Palmito fazendo todo mundo andar para ele tirar uma foto na frente da 3M argentina.
Troféu Separados no Nascimento: Palmito e seu clone gringo drogado moribundo do albergue, que é morto igualzinho o nosso pupunha.
Momento “Chega de Prosa”: Taxista igualzinho o Romeu Santini, inclusive na voz.
Surpresa do dia: Hooters, sucesso.
Troféu “Xavecou né gordo”: Emídio que, ao chamar o Galli, viu que ele conversava com a Valinhense do albergue e falou: óóóóóóóóóóóóóóóóóó, tudo bem bonecaaaaa?
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